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Obrigada Bombeiros!

  • Foto do escritor:  Bruna Sofia
    Bruna Sofia
  • 16 de set. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 15 de set. de 2020



Toca a sirene… e todos eles vão. Foram porque sabiam que algo ou alguém precisavam deles. Foram porque juraram defender pessoas e bens acima de qualquer outra circunstância. Foram porque são BOMBEIROS.

Deixam o conforto das suas casas, das suas famílias e dos seus amigos todos os dias sem saber se voltam, mas vão mesmo assim. Levam com eles os seus camaradas que tal como eles também têm família à sua espera, mas todos eles sabem que é esse o propósito deles “ Podem não voltar mas vão”.

A ocorrência é enorme, muitos dos seus camaradas de outras corporações que se encontram no local começam a ser substituídos. Uns por exaustão, outros por desgaste emocional e outros até por estarem mesmo feridos.

Quando chegam ao local olham nos rostos dos seus camaradas e vêm o cansaço, a fraqueza, a dor, a angústia e a desolação em que se encontram. Pois nenhuma ocorrência é fácil, por mais pequena ou grande que seja, exige sempre muito destes profissionais, mesmo por vezes não dar para ver a olhos nus.



Estão naquela mesma ocorrência, já faz imensos dias, os seus corpos começam a entram em colapso, começam a entrar em fraqueza e os seus corpos pedem comida que é o seu combustível. Conseguem comer umas peças de fruta e bebem um copo de água que lhes é cedido por habitantes locais.

As pessoas dão-lhes ajuda, dão-lhes força para continuar, trazem-lhes água, mas pobres coitados também estão como eles. Há populares que ajudam a puxar mangueiras, a tentar combater os fogos com as mangueiras das suas próprias habitações, mas estes monstros a que chamamos fogos consomem tudo o que lhes parece à frente.

Já não aguentam mais, os seus pés estão em ferida devido ao calor das suas botas, o fato de proteção já não protege nada de tanto estar desgastado e as proteções da cara que nos fazem arder a cara de tão queimadas que estão.

Pararam um pouco o fogo deu-lhes tréguas. Existe camaradas por tudo o que é sitio uns deitados, outros sentados, esgotados, desgastados e com uma enorme vontade de voltar para casa, mas continuam ali, pois quando o “monstro” voltar ele vão estar lá para novamente combate-lo.

Passados tantos dias de lá se encontrarem dão-lhes a comer um pão com manteiga que se encontra mais rijo que uma pedra, uma maça e uma garrafa de água, provavelmente terá sido uma doação de alguém, porque o governo esquece-se deles a toda a hora e momento.

Mas mesmo assim eles sabem que deram o máximo deles. São humanos, com sentimentos e dores como outra pessoa qualquer. Uns dizem que são anjos sem asas, outros dizem que não valem nada, mas eles sabem que fizeram os impossíveis para travar o “monstro” e para salvar todas aquelas pessoas.



Finalmente chegam a casa ver a sua tão desejada família e tomar um banho que não tomam à dias. No fim disto tudo, eles descansam com as suas cabeças nas almofadas com o sentimento de dever comprido e a pensar que desta vez se safaram, mas se houver uma próxima isso pode não acontecer.

Eles são humanos, não de ferro.

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