O divórcio e as Crianças
- Bruna Sofia
- 21 de jun. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 15 de set. de 2020

Como já não é novidade para quem lê os posts aqui do blogue, os meus pais separam-se quando eu tinha apenas 9 anos, não foi uma escolha da minha mãe, mas sim do meu pai e para mim, tal como para qualquer criança, tudo isto mexeu muito com a minha vida e com a minha rotina, por esse mesmo motivo decidi escrever este post, para de alguma forma sensibilizar e mostrar um pouco da realidade do que um divórcio pode alterar na vida de uma criança.
Um divórcio já por si é algo mau e difícil e por mais amigáveis que fiquem ambas as partes, nunca é fácil dizer adeus à pessoa com quem partilhámos as nossas vidas e tudo o resto. Mas por vezes, esquecem-se de algo muito importante: O bem-estar emocional dos seus filhos.
Algumas são as questões que se vêm a levantar sobre este assunto, sendo elas: ser filho de pais separados é andar de uma casa para a outra, ser filho de pais divorciados é sinónimo de ter tudo a duplicar, será que os filhos gostam dos dois por igual, algum deles o irá abandonar. Nem todas estas questões têm uma resposta concreta, mas pela minha própria experiência, posso dizer-vos que à partida tudo ficará diferente na vida dos vossos filhos.
Existem pais que têm guarda partilhada/alternada e isso faz com que a criança tenha de viver por períodos idênticos em ambas as casas, mas também temos o caso de pais que preferem ficar com os filhos à quinzena ou até mesmo só quando a criança deseja ir. No meu ver, acho que devemos de colocar todas as divergências de parte e fazer uma divisão de paternidade, pois a criança merece e tem de estar com ambos os pais, só assim ela não vai notar tanto a diferença da separação e passa o mesmo tempo com ambos, o que não se torna injusto para alguma das partes.
Em relação a ter de ser tudo a duplicar, para mim isso é simplesmente um mito, porque uma criança não será mais feliz, por ter brinquedos a duplicar, nem saídas a duplicar. A criança será feliz sim, se os pais se unirem por ele e lhe derem o mesmo bem-estar em ambas as casas, para que se sinta bem e confortável de igual forma.
Outra questão muito importante é o facto de que as crianças têm medo de que um dos pais o abandone. Muitos são os pais, que abdicam da guarda partilhada e isso só vai prejudicar mais a criança, pois todas as suas rotinas vão alterar, o sentimento de abandono será maior, porque vai dar a entender que um dos pais não quer saber mais dele e muitas destas crianças acabam por ficar revoltadas com elas mesmas, porque às tantas vão ficar a pensar que se tivessem dado importância e amor de igual forma a ambos os pais isso não aconteceria.
A chave para toda esta situação chamada divórcio é o bom entendimento entre os adultos, pois isso vai refletir-se na criança e talvez não sofra tanto com a separação, pois tudo ficará mais ou menos idêntico ao que ele tinha e principalmente as suas rotinas vão manter-se de igual forma.
Espero que vos tenha sabido explicar um pouco sobre esta temática e se quiserem que aprofunde mais este tema, deixem sugestões nos comentários em baixo.
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