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O caso de Beatriz e o Machismo

  • Foto do escritor:  Bruna Sofia
    Bruna Sofia
  • 8 de jun. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 15 de set. de 2020



A Beatriz Lebre, uma jovem estudante do ISCTE foi assassinada com apenas 23 anos de idade, por um monstro chamado Rúben Couto, um suposto colega de faculdade da mesma, que tentara manter um relacionamento com a mesma, sendo que ela sempre recusou.

As redes sociais e os media, só têm vindo a falar sobre este assunto, mas não falam do que realmente nos interessa a nós. Não nos interessa os gostos que ambos partilhavam em relação ao cinema. Não nos interessa propriamente se ela era melhor ou pior aluna ou até mesmo o seu gosto pela música. Porque não é isso que vai tornar a situação que aconteceu à Beatriz mais ou menos importante ou condenável. A Beatriz podia ser a pior aluna da sua faculdade ou alguém sem grandes planos para o seu futuro, mas isso não implica no facto de Beatriz ter uma longa vida pela frente e não dá o direito de lhe tirarem a mesma.

Ela não foi vítima de um amor doentio, como os jornais têm mencionado, mas sim vítima de machismo. A causa da sua morte foi nada mais do que, mais um homem que não soube ouvir um não como resposta. Mais um homem que não soube levar com uma nega e por isso sentiu-se no direito de tirar uma vida tão jovem.

Agora a grande questão a abordar neste tema será mesmo, como conseguimos combater o machismo? Acredito que o machismo possa ser combatido, com uma coisa muito simples EDUCAÇÃO. Educação esta que vem de casa e da escola. As famílias têm de se esforçar para educar as crianças desde muito pequenas a respeitarem as mulheres, a explicar que a mulher não é um objecto ou um simples corpo para ser usado como e quando entender. As escolas não protegem as raparigas de machismo, com sorte ainda as ridicularizam.

Todas as ações de machismo ocorrem mesmo diante dos nossos olhos e muitas das vezes nós não nos apercebemos ou fingimos que não nos apercebemos. Sejam elas, mulheres a ser assediadas na rua, os gritos dos nossos vizinhos na casa ao lado da nossa ou até mesmo nos nossos locais de trabalho ou que nos guiamos pela lengalenga “Entre marido e mulher não se mete a colher”. Se virmos bem e com atenção, muitas mulheres à nossa volta sofrem com esta problemática e muitas das vezes não têm como contar ou resolver a situação. Tudo isto pode ser evitado se denunciarmos ou ajudarmos a denunciar, não fiquem indiferentes a estas situações e não fechem os olhos quando tudo isto se passa diante dos seus olhos.

Como a Beatriz, existem imensas outras mulheres que sofrem com o machismo e isto não pode continuar assim, pois vão continuar a existir mais mortes macabras com a de Beatriz e assim isto não terá fim. Ninguém tem de tirar a vida a ninguém, seja pelos motivos que for, nada justifica estas ações.

Espero que vos tenha ajudado a terem mais consciência sobre este assunto que está sempre presente nas nossas vidas indiretamente ou diretamente e assim podemos ajudar mais pessoas no nosso quotidiano.

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