59 Dias Depois...
- Bruna Sofia
- 10 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 15 de set. de 2020

Bem por onde começar. Nem todos podemos reagir da mesma maneira às mesmas coisas e nem todos somos produtivos da mesma maneira e como é óbvio com as mesmas condições.
Tenho de ser sincera com vocês, esta quarentena custou-me bastante. Apesar de até ser produtiva nestas circunstâncias, só o sou nas horas que menos devia de ser. Por vezes ou quase todos os dias a bem dizer estou a escrever textos bonitos e informativos às tantas da noite, quando a essa hora eu devia de estar a descansar para ter imensa energia no dia a seguir.
Quando iniciei esta quarentena, tinha a ideologia de acordar cedo, ir para o meu curso online que ainda vai a meio, tomar um daqueles pequenos-almoços à Instagram, treinar logo de manhã e passar a tarde a escrever e a editar fotografias. O que é certo, é que apesar de ter feito quase tudo o que tinha idealizado, não foi bem como quis, uma vez que acordei sempre super tarde e a más horas e só me apetecia estar sempre na cama sem fazer nada.
Tudo isto, com o decorrer dos dias foi me desmotivando mais e mais, fui deixando coisas por fazer que era suposto fazer naquelas determinadas horas e agora já para o fim, não tenho motivação para fazer nada. É uma sensação inexplicável, que por vezes nem eu própria sei explicar para mim própria, mas que acontece, acontece.
Fico muito feliz com todos aqueles que se conseguiram realizar nesta quarentena. Fico feliz com todos aqueles que têm um excelente otimismo e energia logo pela manhã e principalmente que têm a motivação e a produtividade ao rubro.
Ontem foi um dia extremamente difícil para mim, pois segunda-feira já estou de volta ao trabalho e ter que readaptar o organismo e o corpo novamente à rotina foi algo que me deu uma grande dor de cabeça. Não por querer ficar na preguiça, mas pela troca de horários que tudo isto me vai dar. Sei que vou ter de ultrapassar isto mais cedo ou mais tarde, mas o medo de sair à rua também é algo que me atormenta um pouco, mesmo que muitas vezes não o demonstre e isso também tem mexido muito com o meu psicológico. Sei que tudo dará certo mais cedo ou mais tarde, mas até lá resta nos protegermos a 100% e sair o mínimo de casa, mesmo que o confinamento já não seja obrigatório.
Com isto, quero-vos transmitir que ninguém é mais do que ninguém em que circunstância for e ninguém é melhor do que ninguém por adorar estar em casa. Temos de tentar ser positivos em relação a toda esta situação que estamos a passar e gritarmos vitória por todos os passos que damos diariamente, pois todos eles são uma conquista para nós.
A mim resta-me voltar à minha “nova rotina” que se avizinha e tentar estar presente aqui no blogue como tenho estado nestes últimos tempos, porque sem dúvida alguma que o blogue foi a minha grande salvação, para todo este tempo de quarentena.
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