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Review : FatherHood (Paternidade)

  • Foto do escritor:  Bruna Sofia
    Bruna Sofia
  • 6 de jul. de 2021
  • 3 min de leitura

Este ano a Netflix propôs-se a lançar um filme todos os meses na sua plataforma, sendo que nem todos conseguem atingir o sucesso pretendido e acabam por não ter destaque absolutamente nenhum e nós nem sequer sabemos que foram lançados. No caso deste filme "Paternidade" sucedeu-se precisamente o contrário, o filme ganhou muito destaque logo de inicio e desde que estreou que ocupada sempre um lugar de pódio nos destaques da Netflix, o que não seria de surpreender e só quem já viu o filme pode concordar comigo.


Paternidade ou FatherHood é um filme emocionante com uma boa dose de comédia, que acaba por quebrar o ambiente pesado que o mesmo retrata. A história vai basear-se e torno de um pai de primeira viagem sem experiência nenhuma com crianças que se vê obrigado a ter que criar a sua filha sozinho, uma vez que a sua esposa acaba por falecer de complicações pós-parto dias após o nascimento da menina.


Este filme entre muitas outras coisas, retrata algo que acontece diariamente na vida de muitos pais e que nós nem nos apercebemos. Existem milhares de pais e mães que enfrentam a paternidade e tudo o que ela contem sozinhos, sem a ajuda de ninguém à sua volta e isso não é vergonha nenhuma. Aqui vê-se que não temos de ser perfeitos e fazer tudo de acordo com o que as pessoas nos incutem, temos de fazer aquilo que achamos melhor para os nossos filhos e para a sua vida futura e mesmo que no inicio não o saibamos fazer, vamos aprendendo com o tempo, porque ninguém nasce ensinado e todos os dias aprendemos algo novo.


O filme mostra também a dedicação de um pai em querer aprender a cuidar da sua filha, mostra como a vida de um pai pode mudar com a chegada de um filho ao mundo, que temos de adaptar a nossa vida à chegada daquele ser. Mostra-nos também que não podemos deixar de viver a nossa vida, que podemos trazer pessoas novas à vida dos nossos filhos e que isso não faz com que sejam piores pais. A paternidade/ maternidade é uma nova etapa para todas as pessoas, não sabemos o que vamos encontrar nem ter que fazer, mas vai depender de nós querer ou não entrar nesta aventura. Ser pai não é só dar o nome e dizer que está lá para nós, mas sim criar e ajudar a que nos torne-mos melhores pessoas no futuro, porque as crianças são o nosso reflexo no futuro, portanto temos de ter sempre em atenção os nossos atos perante elas.


Mas além de tudo o que a paternidade pode conter, também retrata a igualdade de género. Este pai não aceita de todo o facto de a filha ser obrigada no colégio a utilizar saia no uniforme da escola e faz de tudo e mais alguma coisa, para que a filha vista aquilo que se sente confortável, mesmo que isso inclua boxers com desenhos de rapaz e calças de ganga ao invés de saia, porque cada criança pode vestir e utilizar aquilo que mais a deixar à vontade, não tem de haver estereótipos em idades tão tenras e tal como ele fez, isso deve de ser incutido aos nossos filhos desde muito cedo, para que no futuro eles não julguem as outras pessoas por os acharem diferentes do que é considerado "normal".


Recomendo vivamente que todas as pessoas vejam este filme e que tirem o melhor partido dele, pois consegue transmitir-nos grandes lições de vida, que devemos levar sempre connosco e no nosso dia-a-dia.


Dou a este filme uma cotação de 9 em 10, não só pelo desempenho das personagens, mas por todas as mensagens que ele nos transmite e que eu acho importante para sermos melhores pessoas.

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